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Concluído estudo de viabilidade da cobrança de uma taxa turística – Divergência de opiniões das diferentes partes

Publicado em 2020/01/09

Opiniões divergentes entre as diferentes partes inquiridas sobre cobrança de uma taxa turística

Opiniões divergentes entre as diferentes partes inquiridas sobre cobrança de uma taxa turística Opiniões divergentes entre as diferentes partes inquiridas sobre cobrança de uma taxa turística

A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) concluiu o estudo de viabilidade da cobrança de uma taxa turística, cujos resultados mostram divergência nas opiniões apresentadas pelas partes interessadas da sociedade.

 

O Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) tem mantido uma atitude aberta em relação à possibilidade de cobrança de uma taxa turística. A DST lançou o estudo de viabilidade da cobrança de uma taxa turística com o objectivo principal de recolher, de forma sistematizada, através de uma sondagem, mais opiniões dos residentes, operadores turísticos e visitantes. Ao mesmo tempo, estudar casos de outros países e regiões, rever as medidas adoptadas em Macau em resposta à capacidade de acolhimento turístico, entre outras, com vista a providenciar fundamentos científicos para a elaboração de políticas do Governo.

 

A DST recolheu um total de cerca de 14.900 questionários. Entre os residentes, 95 por cento é favorável à implementação de uma taxa turística e 5 por cento contra. No caso dos operadores turísticos 20 por cento é a favor e 80 por cento contra. 50,6 por cento dos visitantes inquiridos afirmaram que se uma taxa turística for implementada em Macau tal afectará a vontade de visitar Macau, cotando ainda com 25,2 por cento que diz que tal dependerá das circunstâncias concretas para decidir se terá ou não influência, e apenas 24,2 por cento dizem que não afectará.

 

Resumo do relatório de estudo:

  • A maior parte dos residentes concorda com a cobrança de uma taxa turística, mas a indústria apresenta opiniões opostas, enquanto os visitantes afirmam que uma cobrança de uma taxa turística afectaria o seu interesse em vir a Macau;
  • As razões de cobrança de taxa turística variam de região para região, mas não há casos em que o “controlo do fluxo de visitantes” seja a finalidade da cobrança;
  • Na análise dos casos estudados, verificou-se que apenas na fase inicial da cobrança de uma taxa turística e há um ligeiro abrandamento do crescimento do número de visitantes;
  • Foram ainda analisadas as 11 estratégias de melhoramento apresentadas pela Organização Mundial do Turismo para o aumento excessivo de visitantes, sendo que a estratégia mais usada por outras cidades é a “dispersão da distribuição dos visitantes dentro e fora da cidade” e a “melhoria das infra-estruturas e equipamentos urbanos”;
  • Devido ao elevado número de visitantes que entram em Macau por via terrestre, a cobrança de uma taxa turística acarretaria dificuldades de efectuação e formalidades administrativas complexas;
  • A cobrança de uma taxa turística reduz a vontade dos visitantes em visitar Macau, o que não favorece a integração de Macau no desenvolvimento da Grande Baía.

 

Opiniões sobre o valor da cobrança de taxa turística:

De entre os visitantes inquiridos que concordam com a cobrança de taxa turística, 32,2 por cento consideram que o valor deve ser de 100 a 199 patacas, seguindo-se 21,9 por cento que consideram que o valor deve ser de 0 a 99 patacas.

 

Por outro lado, uma parte significativa dos visitantes (30,5 por cento) acha que uma taxa turística de 0 a 99 patacas já poderia afectar o seu interesse em vir a Macau, seguindo-se os que (26,4 por cento) acham que uma taxa turística de 100 a 199 patacas afectaria o seu interesse em vir a Macau.

 

A DST já submeteu um relatório de análise detalhada a apreciação superior, a fim de permitir ao Governo da RAEM efectuar uma análise global e decidir com prudência avaliando factores como a economia, a imagem do destino turístico, a política geral da Grande Baía, entre outros.